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Agrupamento

Decorria o ano de 1980 quando o jovem Áureo Regalado, de Matosinhos, e um colega de trabalho, de Santa Cruz do Bispo, que era escuteiro, tiveram uma conversa em que o assunto foi o que faziam os escuteiros de Santa Cruz do Bispo. Ele ficou tão empolgado ao ouvir contar as atividades que faziam que desde logo pensou em reunir um grupo de jovens amigos que com ele quisessem abraçar o projeto de tentar abrir um agrupamento na paróquia de Matosinhos. Reunido o grupo de jovens ligados a movimentos da igreja expôs a sua ideia e o entusiamo que tinha contagiou os outros muito embora não tivessem conhecimento do que era escutismo, foi apenas o deslumbramento do que lhe fora contado. O grupo era bastante imaturo mas cheios de entusiasmo e assim tiveram uma reunião com o Pároco António Martins Fernandes transmitindo-lhe a ideia que tinham, aqui surgiu o primeiro obstáculo ao ser negada a hipótese de abrir um agrupamento isto porque pouco tempo antes numa paróquia vizinha o Assistente teve problemas com os escuteiros e mandou encerrar o agrupamento. Contudo a teimosia e persistência própria da juventude levou-os a contactar pessoas influentes na paróquia e amigos do Pároco e assim constituíram uma comissão de apoio constituída por: Dr. Vila Real, D. Arminda Vila Real, Eng. Amorim, Sr. Alberto Magalhães. A estes veio a juntar-se o Sr. Ferreira, peça importante na engrenagem do grupo. Esta comissão foi sem dúvida muito importante pois conseguiu convencer o Pároco e apoiaram financeiramente para fazer face às despesas iniciais. Nesta caminhada surge um novo outro obstáculo, pois nenhum dos jovens reunia as condições exigidas pela Junta Regional para ser nomeado Chefe de Agrupamento.
Decorrente desta necessidade, e após o convite ter sido aceite, entrou para a equipa o Vitor Organista. Foi ele o primeiro Chefe de Agrupamento e o nosso timoneiro nos primeiros anos. Sendo ainda assim uma equipa muito jovem o Chefe de Agrupamento apresentou à direção, no ano seguinte à abertura, dois pais, já com mais idade, e propôs que viessem integrar o grupo. A direção aprovou e foi constituída desta forma uma equipa mais experiente. Este início foi uma batalha muito dura pois não houve apoios financeiros. Foi a comissão de apoio que, de início, nos apoiou, a todos os níveis, e por quem o Agrupamento tem uma enorme dívida de gratidão. Foi trabalhando com muita criatividade e dedicação, para angariar fundos e não só, que se deu um chuto no “Im” e se tornou possível fazer o primeiro ACAVER em 1985 em Santa Cristina, na Lixa. Foi um marco histórico porque fomos recebidos de uma forma fidalga com foguetes, Rancho Folclórico e merenda, com todo o povo da aldeia junto a receber-nos. Ao longo dos anos viveram-se inúmeras atividades tais como: acampamentos, raides, atividades radicais, teatro de fantoches, a peça teatro “o Nazareno”, presépio automatizado, espetáculos de variedades, peregrinações, fogos de conselho abertos à comunidade, etc.

O 677 marcou também presença noutras atividades, não menos importantes, a nível internacional (Jamboree no Ar; Brownsea; Londres (Gilwell); Kandersteg; Santiago de Compostela; Roma), a nível nacional (ACANAC’s; FESCUT’s; GO3; ACANTONAC; Peregrinação Fátima; ENCA; ENG), a nível regional (ACAREG’s; São Jorge; ERG), a nível núcleo (ACANUC’s; ACADINUC’s). Enfim… um sem número de atividades próprias de um movimento cheio de vitalidade assente na Lei e nos Princípios, que Baden-Powell nos ensinou, e que nos orientam na busca do Homem Novo que é Jesus Cristo.

E porque um agrupamento sem memória é um agrupamento sem história, aqui ficam os nomes de quem fundou o nosso querido 677

Vitor Manuel de Lima Organista

Pe António Martins Fernandes

Manuel Joaquim Ruivinho dos Santos

Áureo José de Oliveira Gomes Regalado

Mário Luís Rega dos Santos

Manuel da Silva Nunes

Joaquim Henrique de Oliveira Sousa

Gaspar Alexandre da Silva Nunes