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Mística e Simbologia

A Mística e Simbologia é a maravilha que propõe um enquadramento temático e uma vivência espiritual à criança/jovem, que serve de fundo à vida escutista. Transportá-los da imaginação à realidade, dos heróis e das lendas às personagens de carne e osso, do imaginário dos índios e cowboys aos desafios de exploração do mundo.

A vivência escutista baseia-se num ambiente simbólico forte que lhe dá enquadramento, coerência e consistência, permitindo a transmissão de valores.

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A Flor-de-Lis – é o símbolo do escutismo de que o explorador é a imagem mais facilmente reconhecida (até pela tradução da palavra inglesa scout, por exemplo). Nas três folhas da flor-de-lis reconhecemos os três princípios do escutismo, e os três compromissos assumidos na fórmula da promessa escutista. A flor-de-lis é, também, símbolo de rumo, indicando o norte nas cartas topográficas e de marear. É, portanto, um auxiliar básico de alguém que pretende descobrir o mundo.

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A vara – é um símbolo facilmente associado ao imaginário do escuteiro dos primeiros anos da fundação e, por outro lado à simbologia de São Tiago, Maior, o peregrino. A Vara do escuteiro tem um conjunto alargado de utilidades, de onde se destaca o auxílio, à caminhada, à progressão da marcha, na navegação, no ultrapassar de obstáculos, em relação aos perigos e às adversidades. Simboliza assim a solidariedade e o progresso.

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O Chapéu – é símbolo da proteção. Proteção do sol, em primeira análise, mas também do frio, da chuva, etc. É ainda associado à imagem que temos do próprio B-P, que se preocupou em arranjar um chapéu para os escuteiros antes de mais nada. Também São Tiago é reconhecido pelo chapéu que caracteriza o traje do peregrino, especialmente no contexto dos caminhos de Santiago de Compostela.

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O Cantil – é ao mesmo tempo símbolo da responsabilidade – andar sem água não é inteligente -, na sua vertente de depósito, mas é também símbolo de coerência, de estar preparado, como pedia B-P. Está associado também à sede de conhecimento, à sede de descoberta e de ação, característica do explorador. A cabaça, associada à imagem de São Tiago Maior é, também, ou, acima de tudo, um cantil.

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A Estrela – é símbolo da orientação. A Estrela Polar e o Cruzeiro do Sul são referências de orientação, especialmente de noite, quando é mais difícil seguir um rumo. Todos os grandes exploradores recorreram a elas para concretizar os seus sonhos. São pilares na imensidão do céu, sinal da grandeza de Deus, que nos transmitem a segurança da fé, e a certeza do sucesso. Foi uma estrela, que segundo a lenda permitiu encontrar o túmulo do Apóstolo São Tiago e é lá, no Campo da Estrela – Campus stella, Compostela – que permanecem os seus restos mortais. A vieira, símbolo jacobeu, é, também, de certa forma, uma estrela.